Oi, gente!
Já faz um tempo que eu estou querendo postar sobre Madame Bovary, no qual, eu terminei de ler em Março, mas estava me faltando justamente isso... tempo.
Deus me perdoe, mas foi um martírio ler Madame Bovary. Meu Deus! O livro não acabava nunca e por muitas vezes fiquei entediada com ele. Desde que eu o comprei na Bienal do Livro de 2012, ele ficou parado na estante junto com Jovem Werther e outros mais, pois sempre que eu comprava um livro novo, eu lia na frente. Eu já tinha tentado ler o livro umas duas vezes, mas me entediava e parava. Não posso negar que a história é muito boa, super vanguardista para a época e tal, mas não consigo entender como as pessoas conseguiram ler um livro tão grande (para a época, eu digo) com mais de 400 páginas! Infelizmente, meu preconceito venceu desta vez... este clássico foi um porre. Desculpe o linguajar...
Mas como diria minha Mestra Rita Couto "Os livros bons são aqueles que nos tiram de nossa zona de conforto". E com absoluta certeza, afirmo que Madame Bovary me tirou! Tenho muita coisa para falar sobre ele!
O livro foi escrito na França por Gustave Flaubert em 1857. Foi um escândalo! Flaubert foi indiciado e levado a julgamento por seu livro, que infringia a moral e os bons costumes, ao contar tão satiricamente o adultério de uma mulher.
Quando falo de Madame Bovary não consigo deixar de pensar em Memórias
de um Sargento de Milícias. Por ser justamente um livro que na época meio
que foi contra as convenções, mostrou a verdadeira sociedade brasileira, a vida dos pobres, a periferia e sua vida boêmia. Ele se tornou um marco. Apesar de pertencer a uma escola romântica, a obra foi totalmente
inovadora, com um caráter muito mais realista do que romântico,
criticando a sociedade, satirizando o amor, cujo personagem central trata-se de um anti herói romântico. Para mim, Madame Bovary é equivalente a um Sargento de Milícias francês.
Não é a toa que Madame Bovary foi o marco do realismo francês,
uma verdadeira critica a burguesia e as mulheres com seus livros cor de
rosa românticos ao representar uma mulher adultera e instável. Flaubert "destrói" a imagem feminina, na verdade, da figura da mulher romântica, da castidade, pureza, decoro e
maternidade.
Há três Madames Bovary: a mãe de Charles Bovary, a primeira
esposa de Charles (que me faz lembrar muito noiva doida do Sr. Brown em Nanny McPhee 1, pois era viúva e não perdia a oportunidade de arrumar novos maridos) e a segunda que é aquela, no qual, a história se desenvolve: Emma. Apesar do tÍtulo da obra, para mim, o personagem principal é Charles, pois o livro conta desde sua infância até a morte.
Charles se tornou médico e depois de seu casamento com Emma, eles se mudaram para Tostes e mais tarde para Yonville logo quando Emma ficou grávida. Em Yonville, nos é apresentada uma enxurrada de novos personagens. Entre eles temos Homais,
o farmacêutico. Era outro que me dava raiva, ele se sentia o tal, sempre queria aparecer e meter o bedelho onde não era chamado. Acho que no final, ele foi o único que se deu bem. Vão se contando vários casos médicos de Bovary no livro ao compasso dos dramas psicológicos e amorosos de Emma. Várias coisas sobre religião são apresentadas mas sempre destacando a supremacia da ciência sobre ela.
Emma cresceu num
convento, lendo romances cor de rosa. Pensando que sua vida seria
como nos livros, ela tinha sempre um sentimento insatisfatório com tudo a sua volta. Inconstante, volúvel, um tanto bipolar (a meu ver) e tragicamente
sonhadora, cujo caráter foi moldado pelos livros. Eu ficava agoniada com ela/com o livro! Sei lá, parecia que tinha horas que Emma tava desenvolvendo uma Síndrome do Pânico. No livro, fala-se que ela "tinha problema de nervos", pelo qual se designava a maioria dos problemas psicológicos antigamente. A personagem estava num tédio tão grande que já estava me deixando louca! Que eu até
virava pro livro e falava: "Você está entediada? Eu estou entediada com você! Quero te jogar na
parede!!!" Não sei se isso seria uma critica ou se devo reverenciar Flaubert
por transmitir tão realisticamente através do livro que me fez me sentir tão
desesperadamente entediada quanto Emma.
Emma era uma mulher superficial, volúvel, insensível, egoísta, materialista... Nossa, posso chover, descascar o pau em cima de Emma com uma quantidade interminável de "elogios". Deus, como ela me dava
raiva! Mas lá no fundinho, tipo 10% do meu ser, eu tinha um pouquinho, um
tiquetinho, uma nesga de dó dela. Por ser uma vítima das circunstâncias, o resultado daquilo que ela lia, dos autores românticos sobre uma
pessoa tão influenciável. Fraca e hipócrita que não teve coragem de
assumir seus erros e principalmente suas dívidas.Tão baixa que se
matou...
No começo, eu achava o amor de Leon e Emma bonitinho. Ainda era um amor
mais platônico, meio puro, no qual, ainda me dava uma visão bonita e romântica de Emma. Pois acontece do coração se enganar, ela achava que
amava Bovary pois foi o único homem que conheceu e não sabia o que era amor. Mas quando ele vai embora e Emma começa a se dar o desfrute com Rodolphe, cai na real e entendi seu caráter tão descarado de biscate. Rodolphe queria só se aproveitar dela e Flaubert mostra o desgaste dos relacionamentos até o do extra conjugal,
no qual, chega um determinado tempo que Emma se cansa de Rodolphe, mostrando o quanto ela era caprichosa. Uma criança mimada que fica empolgada com um brinquedo novo e logo depois se cansa. Devo
admitir que adorei quando Rodolphe deixou ela para trás... sempre se achando uma vítima.
Quando Leon volta, sinto que ele é uma espécie de Bovary 2. Ele cede a todos os caprichos de Emma e pula fora do navio antes que ele afunde. Eu poderia dizer que ele foi um covarde por abandonar Emma, mas ela bem que mereçeu. Gastou os tubos dando presentes para Rodolphe e Leon e o pobre do Charles só se endividando e não sabendo de nada. E Emma não gosta da filha, apenas finge para os outros. Pensa muitas vezes em deixar Berthe para ir embora com seus amantes.
Sinto dó, raiva e compaixão, tudo ao mesmo tempo por Charles Bovary. Um eterno capacho e bobão. Capacho da mãe, pois aceitava tudo o que ela dizia inclusive se casar com uma viúva que não amava, depois da sua
primeira esposa que era tão psicótica de ciumenta que lhe abusava muito mais
do que a mãe e finalmente Emma. Ele era tonto e cego de amor por ela. Não via nada, acreditava que sua vida era tão perfeita... um homem tão
bom que chegava a ser bobo. Amava tanto a esposa que a colocou num pedestal, até a "perdoou" quando descobriu sobre seus casos depois de sua morte.
Olha, agora terminando o post, vejo que na verdade, tenho duas opiniões sobre Madame Bovary: é um livro muito bom, mas no qual não faz meu gênero. Percebo que os clássicos me fazer ser mais crítica, fazem eu pensar, ir contra as convenções, parar e dizer "Ei, isso está errado!". Estou emergindo em um novo conceito de que o gostar é relativo mas o bom é indiscutível. Duas coisas que andam juntas e se confundem frequentemente...
domingo, 13 de abril de 2014
Mês de Abril, novos livros, TCC e Primavera dos Livros
Olá, galerinha!
Como vai? A vida anda corrida mas consegui dar uma paradinha para postar e atualizar algumas coisas no blog. Tenho tantas coisas para contar...! *.*
Mas vamos com calma e por partes... igual o Jack, estripador. kkk *piada tosca*
Falemos primeiro sobre o começo do mês de Abril... Ando bastante atarefada com o serviço, o glossário da faculdade e o TCC. O TCC é algo que está me dando muitas alegrias e se tornando uma verdadeira pesquisa científica. Estou começando a ver Drácula e os vampiros de uma outra forma, uma forma mais acadêmica e científica, do que simplesmente um hobbie.
Como já postei no Modern, a Primavera dos Livros foi uma experiência fantástica e memorável que me rendeu muito material para o TCC e me fez conhecer novas pessoas e áreas.
Falemos sobre os livros novos agora!
Minha estante está super congestionada! Coloquei uma prateleira no meu quarto para desentulhar um pouco, colocar nela os livros que eu não leio e sobrar espaço na estante. Rá! Agora ocupei a parte de cima só com coisas no serviço e da faculdade... espaço que é bom nada!
Abençoado seja o Dia do Consumidor! kkk Posso dizer que me deu a louca, que eu fiz um desatino! Mas não dava pra evitar! Os livros estavam muito baratos pelo Submarino... tipo 9 ou 15 reais a maioria! Não aguentei! Comprei várias coleções totalizando 13 livros! Exatamente! Treze livros!!
São eles (de baixo para cima):
1- Hush, Hush, Sussuro - Becca Fitzpatrick
2- Para sempre - Alyson Noel
3- Halo - Alexandra Adornetto
4- A Sombra da Serpente - Rick Riordan
5- O Trono de Fogo - Rick Riordan
6- A Pirâmide Vermelha - Rick Riordan
7- A Queda dos Cinco - Pittacus Lore
8- O Último Sacrifício - Richelle Mead
9- O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Bronte
10- Anoitecer - L. J. Smith
11- Almas Sombrias - L. J. Smith
12- Meia-noite - L. J. Smith
13- Guia de Sobrevivência dos Kane - Rick Riordan
Hush, Hush, Para sempre e Halo eu já tinha ouvido falar e tenho baixado as séries completas no computador mas nunca parei para ler. Eu sinceramente queria ter comprado o restante das 3 séries (porque estava muito barato: 9 reais cada livro) mas a conta do cartão já estava muito alta, então, tive de me contentar em por enquanto comprar o primeiro livro de cada série.
Comprei a coleção das Crônicas dos Kane junto com o Guia de Sobrevivência. Eu tinha começado a ler no pdf A Pirâmide Vermelha há muito tempo atrás mas o pdf tava tão ruim e mal traduzido que eu perdi a vontade de continuar. Vamos ver se os livros do Tio Rick sobre a Mitologia Egípcia é tão legal quanto Percy Jackson.
Comprei A Queda dos Cinco e eu acredito que esse será o primeiro dessa leva de livros que eu irei ler. O final do último livro da série Os Legados de Lorien foi de tirar o fôlego de tão emocionante. E estou doida para ler a continuação (que acredito ser o último livro da série). Quase todos os lorienos estão juntos e lutando contra o Sektrus Rá. Foi o grande clímax esperado de toda a série: a reunião deles. E agora só falta Número Cinco que está em algum lugar da América do Sul. Espero que a história envolva o Brasil. Eba!!!
O Último Sacrifício creio que é o último livro da série Vampire Academy. Depois da decepção do cancelamento do filme nos cinemas brasileiros, eu precisava de alguma coisa de VA para me apegar. Porém acho que esse vai o último livro dessa leva que eu vou ler, porque antes dele terei que ler os dois livros antes dele, no qual, eu teimosamente comprei em inglês e pelo andar da carruagem eu demorarei para ler.
Quando eu vi O Morro dos Ventos Uivantes só por 15 reais, eu falei: "É meu!". Ele foi o primeiro que eu selecionei para comprar, o resto veio por osmose. kkk Edição Bilíngue, repetindo, Bilingue da Landmark. #sonho #clássico
Comprei também o segundo Box do Vampire Diaries. Afinal, não sei o que acontece com a Submarino, mas todos os boxes que eu compro vem com a caixinha toda esculhambada. Acho que esses também vou demorar um pouco para ler. Acho que vou querer primeiro dar uma relembrada nos primeiros livros e fazer a Ficha Técnica deles antes de começar a ler esses três que são os últimos da série.
Em suma, acho que demorarei muito tempo para ler todos eles e ainda mais os outros três que comprei na Primavera dos Livros por causa de toda essa loucura. Apesar da minha ansiedade, terei que segurar minhas bichas e esperar um pouco para ler... Ai Meu Deus já tô doida de vontade de pegá-los logo para ler!
Mas a faculdade vem em primeiro lugar... ¬¬ kkkk
Bye-bye
Como vai? A vida anda corrida mas consegui dar uma paradinha para postar e atualizar algumas coisas no blog. Tenho tantas coisas para contar...! *.*
Mas vamos com calma e por partes... igual o Jack, estripador. kkk *piada tosca*
Falemos primeiro sobre o começo do mês de Abril... Ando bastante atarefada com o serviço, o glossário da faculdade e o TCC. O TCC é algo que está me dando muitas alegrias e se tornando uma verdadeira pesquisa científica. Estou começando a ver Drácula e os vampiros de uma outra forma, uma forma mais acadêmica e científica, do que simplesmente um hobbie.
Como já postei no Modern, a Primavera dos Livros foi uma experiência fantástica e memorável que me rendeu muito material para o TCC e me fez conhecer novas pessoas e áreas.
Falemos sobre os livros novos agora!
Minha estante está super congestionada! Coloquei uma prateleira no meu quarto para desentulhar um pouco, colocar nela os livros que eu não leio e sobrar espaço na estante. Rá! Agora ocupei a parte de cima só com coisas no serviço e da faculdade... espaço que é bom nada!
Abençoado seja o Dia do Consumidor! kkk Posso dizer que me deu a louca, que eu fiz um desatino! Mas não dava pra evitar! Os livros estavam muito baratos pelo Submarino... tipo 9 ou 15 reais a maioria! Não aguentei! Comprei várias coleções totalizando 13 livros! Exatamente! Treze livros!!
São eles (de baixo para cima):
1- Hush, Hush, Sussuro - Becca Fitzpatrick
2- Para sempre - Alyson Noel
3- Halo - Alexandra Adornetto
4- A Sombra da Serpente - Rick Riordan
5- O Trono de Fogo - Rick Riordan
6- A Pirâmide Vermelha - Rick Riordan
7- A Queda dos Cinco - Pittacus Lore
8- O Último Sacrifício - Richelle Mead
9- O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Bronte
10- Anoitecer - L. J. Smith
11- Almas Sombrias - L. J. Smith
12- Meia-noite - L. J. Smith
13- Guia de Sobrevivência dos Kane - Rick Riordan
Hush, Hush, Para sempre e Halo eu já tinha ouvido falar e tenho baixado as séries completas no computador mas nunca parei para ler. Eu sinceramente queria ter comprado o restante das 3 séries (porque estava muito barato: 9 reais cada livro) mas a conta do cartão já estava muito alta, então, tive de me contentar em por enquanto comprar o primeiro livro de cada série.
Comprei a coleção das Crônicas dos Kane junto com o Guia de Sobrevivência. Eu tinha começado a ler no pdf A Pirâmide Vermelha há muito tempo atrás mas o pdf tava tão ruim e mal traduzido que eu perdi a vontade de continuar. Vamos ver se os livros do Tio Rick sobre a Mitologia Egípcia é tão legal quanto Percy Jackson.
Comprei A Queda dos Cinco e eu acredito que esse será o primeiro dessa leva de livros que eu irei ler. O final do último livro da série Os Legados de Lorien foi de tirar o fôlego de tão emocionante. E estou doida para ler a continuação (que acredito ser o último livro da série). Quase todos os lorienos estão juntos e lutando contra o Sektrus Rá. Foi o grande clímax esperado de toda a série: a reunião deles. E agora só falta Número Cinco que está em algum lugar da América do Sul. Espero que a história envolva o Brasil. Eba!!!
O Último Sacrifício creio que é o último livro da série Vampire Academy. Depois da decepção do cancelamento do filme nos cinemas brasileiros, eu precisava de alguma coisa de VA para me apegar. Porém acho que esse vai o último livro dessa leva que eu vou ler, porque antes dele terei que ler os dois livros antes dele, no qual, eu teimosamente comprei em inglês e pelo andar da carruagem eu demorarei para ler.
Quando eu vi O Morro dos Ventos Uivantes só por 15 reais, eu falei: "É meu!". Ele foi o primeiro que eu selecionei para comprar, o resto veio por osmose. kkk Edição Bilíngue, repetindo, Bilingue da Landmark. #sonho #clássico
Comprei também o segundo Box do Vampire Diaries. Afinal, não sei o que acontece com a Submarino, mas todos os boxes que eu compro vem com a caixinha toda esculhambada. Acho que esses também vou demorar um pouco para ler. Acho que vou querer primeiro dar uma relembrada nos primeiros livros e fazer a Ficha Técnica deles antes de começar a ler esses três que são os últimos da série.
Em suma, acho que demorarei muito tempo para ler todos eles e ainda mais os outros três que comprei na Primavera dos Livros por causa de toda essa loucura. Apesar da minha ansiedade, terei que segurar minhas bichas e esperar um pouco para ler... Ai Meu Deus já tô doida de vontade de pegá-los logo para ler!
Mas a faculdade vem em primeiro lugar... ¬¬ kkkk
Bye-bye
sábado, 8 de março de 2014
Opinião: Os Sofrimentos do Jovem Werther
Oi, gente.
Pensando um pouquinho nas postagens, resolvi fazer algumas mudanças...
Das Fichas Técnicas que eu já publiquei (pois tenho quatro que ainda não terminei kkk), eu costumo colocar a minha opinião do livro junto com a Ficha, mas o que sempre acontece é o seguinte: eu acabo demorando muito para publicar a ficha e geralmente a maioria das impressões que eu tive sobre o livro já me fugiram da cabeça. Então começarei a fazer o seguinte: colocar minha opinião sobre o livro assim que eu acabar de ler e depois mais pra frente colocar a ficha.
Então para já começar com esse novo formato, irei postar minha opinião sobre o último livro que eu li: Os Sofrimentos do Jovem Werther.
Quando se ama, tudo fica mais lindo, mais cheio de cores e mais subjetivo. Goethe nos mostra isso nas reflexões filosóficas (agora não me lembro com detalhes,
como não quero escrever errado, quando eu postar a Ficha colocarei a frase certinha) e em suas densas, metódicas e metafóricas descrições do mundo que cerca o protagonista. Mas pode ser que esse exagero seja pelo fato de que antigamente se detalhava muito o cenário nos livros porque não existia TV (algo que nos facilita a visualização de um cenário).
O tempo também passa de forma diferente. A história acontece num intervalo de 2 anos e conforme os sentimentos de Werther mudam a quantidade de cartas a Wilhelm também muda. Por exemplo, nas ocasiões em que Werther está perto de Charlotte, sua amada, o volume de cartas é intenso e ele chega a escrever quase todo dia. Mas quando ele está longe, trabalhando para o príncipe, ele demora e escreve de mês em mês.
A escrita não é difícil, tem algumas palavras que nunca vi, mas ao ler o contexto você consegue entender mais ou menos o que é. Outra coisa que me pegou foram as referências. Gothe era alemão, então, além de complicar a situação por ser um livro com referências de coisas antigas, são referências de outro país, outra cultura e outra literatura do qual não tenho nenhum conhecimento. Esse é o primeiro (que eu saiba) livro de origem alemã que eu leio, então fico sem muita base, apesar das notas de rodapé ajudarem um pouco. Por exemplo, ao falar das cidades, fico me perguntando se elas são reais ou fictícias.
Werther é um típico romance do ápice do Romantismo, a coisa mais sarcástica e contraditória é quando Werther ao querer se matar pede as armas de Albert, o esposo de sua amada. Aliás, o suicídio: Werther da um tiro na cabeça e morre um dia depois? As armas de antigamente eram bem fracas, né?
Outra coisa: eu acho Albert um tanto mole e o tipo de corno que não quer enxergar as coisas. OK! Eu sei que antigamente os homens respeitavam uma mulher casada e tal mas... por favor!! Adultério existe desde o começo dos tempos e Albert não pensa na possibilidade de traição? Não, ele praticamente faz coisa nenhuma, só fica evitando de falar sobre Werther com Charlotte.
Afinal, será que Charlotte era tudo aquilo mesmo? Será que ela merecia o amor de Werther a ponto dele se matar? Ela era tão fantástica assim como Werther a descrevia ou seria apenas o véu do amor que embaçava os olhos dele para a realidade? Também me pergunto sobre os sentimentos de Charlotte: ela sempre soube do amor de Werther ou nunca desconfiou de nada? Nunca sentiu nada ou se sentia, ela mantinha escondido por causa do marido? Ou então, se tinha conhecimento de tudo isso, do amor dele por ela e resolveu fechar os olhos para o fato? Ela não faz nada para impedir a entrega das armas para Werther, ela mesma limpou as armas! Como ela não pensou na possibilidade dele se matar? Será que ela era tonta mesmo ou era indiferente? Ou presa pela ideia de que sendo mulher não poderia interferir? Não consigo entender, mesmo se ela não o amasse ela poderia ter pensado em fazer algo pelo menos em prol de sua amizade.
Eu demorei muito para ler o livro e suas 160 paginas se arrastaram como se fosse as de um livro de 500 páginas. Porém, acho que eu tive essa sensação por estar curiosa e ansiosa pelo final da historia, já cansada só do chororô e das filosofias de Werther sobre o mundo, e vê-lo partir para a ação ou que acontecesse algo que mudaria o destino dos personagens como por exemplo uma possível morte de Albert deixando o caminho livre para Werther ficar com Charlotte. Mas ele desde o começo sabia aonde estava se metendo. Desde o começo ele sabia que Lotte era noiva. Desde o começo ele não tinha chances com ela.
No entanto, não escolhemos por quem nos apaixonamos. Sou uma romântica incorrigível, até mesmo, ultrarromântica, mas não ao ponto de achar Werther um sublime do Romantismo, mas posso assegurar que ele me tirou de minha zona de conforto, que ele realmente mexeu comigo, motivo pelo qual fui tão crítica em minha opinião.
Para os românticos extremistas de plantão, Os Sofrimentos do Jovem Werther é uma boa pedida.
Pensando um pouquinho nas postagens, resolvi fazer algumas mudanças...
Das Fichas Técnicas que eu já publiquei (pois tenho quatro que ainda não terminei kkk), eu costumo colocar a minha opinião do livro junto com a Ficha, mas o que sempre acontece é o seguinte: eu acabo demorando muito para publicar a ficha e geralmente a maioria das impressões que eu tive sobre o livro já me fugiram da cabeça. Então começarei a fazer o seguinte: colocar minha opinião sobre o livro assim que eu acabar de ler e depois mais pra frente colocar a ficha.
Então para já começar com esse novo formato, irei postar minha opinião sobre o último livro que eu li: Os Sofrimentos do Jovem Werther.
Já faz um bom tempo que eu tinha o livro mas ainda não tinha lido. Eu comprei essa edição alternativa da Editora Abril, fato que não é adaptação é o texto integral, na última Bienal do Livro em 2012. Gostei muito dessa coleção da Abril: é de capa dura, de tecido com uma estampa que parece antiga e com aquelas fitinhas de tecido para marcar página típica de livros antigos. E o melhor bem baratinho! Comprei logo uns 10 livros da coleção kkkk.
Como esse ano tem de novo a Bienal, no qual, comprarei mais livros, e fazendo assim 2 anos que tenho o Werther na estante, resolvi finalmente lê-lo. (Nada a haver com as ameaças da minha mãe sobre não comprar mais livros sendo que ainda tenho vários na estante que eu ainda não li kkkkk)
CUIDADO COM OS SPOILERS!
Primeiramente: Jovem Werther é clássico. Toda vez que ouço clássico, eu já fico com um pé atrás. Infelizmente, é um preconceito do qual não me orgulho e pretendo me livrar. O preconceito de que um livro clássico é e será chato, sempre me assola, mas tento a todo custo deixá-lo de lado e aproveitar a leitura. Foi escrito por Johann Wolfgang von Goethe, o mesmo autor de Fausto (livro que também sou louca para ler), no século XVIII, mais precisamente em 1774.
Werther é o chamado romance epistolar: o tipo de romance, no qual, os fatos são contados através de cartas. Algo que acontece também com Drácula (não sei se posso dizer que seria como O Diário de Princesa... por favor, não zoem a comparação tosca, comparada a magnitude das duas primeiras obras que mencionei, o que me veio a cabeça). A questão do romance epistolar é que as cartas dão uma aparência histórica e verdadeira, porém, em Werther no meio do livro temos a interrupção das cartas. O único meio pelo qual conhecemos os personagens e os fatos ocorridos na historia é pelas cartas. Na interrupção do meio do livro, aparece um editor, que a meu ver é Wilhelm, que faz uma pesquisa sobre a história de Werther e nos conta seus últimos dias e o desfecho da história em prosa, com algumas anotações do próprio Werther (já falecido) apresentadas para autenticar sua a narração.
O romance começa com Werther indo embora para outra cidade, por ele ter se apaixonado por uma garota, que pelo que entendi, seria a irmã Wilhelm, seu amigo, confidente e o destinatário pelo qual Werther se corresponde durante o livro. Aliás, do que Werther vivia? Da mesada de sua mãe? De uma herança? (no livro foi mencionado algo do gênero apesar da herança parecer ser da mãe dele) Só vemos uma vez lá pra frente, Werther arrumando um trabalho (do que realmente não sei) com um príncipe.
Isso já de cara, me dá uma impressão negativa do protagonista, como um rapaz um pouco volúvel, indeciso e inconstante. Fato que me faz lembrar de Romeu e Julieta, pois Romeu (que também considero um tanto volúvel) começa a peça acometido por um romance avassalador por Rosalinda e depois puf! do nada Julieta é a razão de seu viver.
Aproveitando para já comentar sobre o papel de Wilhelm na história, fico me perguntando da real opinião de Wilhelm, do conteúdo de suas cartas em
resposta às de Werther. Vire e mexe o protagonista comenta sobre algo que Wilheim lhe
escreveu, mas não tem como realmente saber seu conteúdo.
Poucos são os personagens nomeados, fato que me fez lembrar de A Moreninha que também não nomeava algum lugares e pessoas. Dá uma ótima comparação com Werther e serve como exemplo, pois trata-se também de um livro do Romantismo, exceto por ser brasileiro e do estilo de Manoel Macedo ser diferente. Macedo não inclui o "mal do século", o sofrer e morrer de amor na história (que era comum nas histórias da época), bom, até inclui, mas nenhum dos dois protagonistas chega a morrer mesmo.
O tempo também passa de forma diferente. A história acontece num intervalo de 2 anos e conforme os sentimentos de Werther mudam a quantidade de cartas a Wilhelm também muda. Por exemplo, nas ocasiões em que Werther está perto de Charlotte, sua amada, o volume de cartas é intenso e ele chega a escrever quase todo dia. Mas quando ele está longe, trabalhando para o príncipe, ele demora e escreve de mês em mês.
A escrita não é difícil, tem algumas palavras que nunca vi, mas ao ler o contexto você consegue entender mais ou menos o que é. Outra coisa que me pegou foram as referências. Gothe era alemão, então, além de complicar a situação por ser um livro com referências de coisas antigas, são referências de outro país, outra cultura e outra literatura do qual não tenho nenhum conhecimento. Esse é o primeiro (que eu saiba) livro de origem alemã que eu leio, então fico sem muita base, apesar das notas de rodapé ajudarem um pouco. Por exemplo, ao falar das cidades, fico me perguntando se elas são reais ou fictícias.
Werther é um típico romance do ápice do Romantismo, a coisa mais sarcástica e contraditória é quando Werther ao querer se matar pede as armas de Albert, o esposo de sua amada. Aliás, o suicídio: Werther da um tiro na cabeça e morre um dia depois? As armas de antigamente eram bem fracas, né?
Outra coisa: eu acho Albert um tanto mole e o tipo de corno que não quer enxergar as coisas. OK! Eu sei que antigamente os homens respeitavam uma mulher casada e tal mas... por favor!! Adultério existe desde o começo dos tempos e Albert não pensa na possibilidade de traição? Não, ele praticamente faz coisa nenhuma, só fica evitando de falar sobre Werther com Charlotte.
Afinal, será que Charlotte era tudo aquilo mesmo? Será que ela merecia o amor de Werther a ponto dele se matar? Ela era tão fantástica assim como Werther a descrevia ou seria apenas o véu do amor que embaçava os olhos dele para a realidade? Também me pergunto sobre os sentimentos de Charlotte: ela sempre soube do amor de Werther ou nunca desconfiou de nada? Nunca sentiu nada ou se sentia, ela mantinha escondido por causa do marido? Ou então, se tinha conhecimento de tudo isso, do amor dele por ela e resolveu fechar os olhos para o fato? Ela não faz nada para impedir a entrega das armas para Werther, ela mesma limpou as armas! Como ela não pensou na possibilidade dele se matar? Será que ela era tonta mesmo ou era indiferente? Ou presa pela ideia de que sendo mulher não poderia interferir? Não consigo entender, mesmo se ela não o amasse ela poderia ter pensado em fazer algo pelo menos em prol de sua amizade.
Eu demorei muito para ler o livro e suas 160 paginas se arrastaram como se fosse as de um livro de 500 páginas. Porém, acho que eu tive essa sensação por estar curiosa e ansiosa pelo final da historia, já cansada só do chororô e das filosofias de Werther sobre o mundo, e vê-lo partir para a ação ou que acontecesse algo que mudaria o destino dos personagens como por exemplo uma possível morte de Albert deixando o caminho livre para Werther ficar com Charlotte. Mas ele desde o começo sabia aonde estava se metendo. Desde o começo ele sabia que Lotte era noiva. Desde o começo ele não tinha chances com ela.
No entanto, não escolhemos por quem nos apaixonamos. Sou uma romântica incorrigível, até mesmo, ultrarromântica, mas não ao ponto de achar Werther um sublime do Romantismo, mas posso assegurar que ele me tirou de minha zona de conforto, que ele realmente mexeu comigo, motivo pelo qual fui tão crítica em minha opinião.
Para os românticos extremistas de plantão, Os Sofrimentos do Jovem Werther é uma boa pedida.
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William Shakespeare
Mês de Fevereiro, novos livros e contagem regressiva para a Bienal
Oi, gente! Tudo bem?
Faz um tempinho que eu não posto, mas por bons motivos... eu estou trabalhando!! Eeeehhhh!!! Finalmente! kkkkk
Ainda não posso revelar o que é pois é algo temporário (um bico, na linguagem informal) e acho que se cantamos vitória cedo de mais pode ser que no fim não vamos vencer a corrida...
kkk Metáforas a parte, o que posso dizer é algo que está exigindo muito de mim (não está sendo nem um pouco como eu imaginei que seria). Ando bem cansada (com dor no pé, dor na garganta, dor de cabeça, o que não anda faltando em mim ultimamente é dor kkk), trazendo trabalho para casa, mas o mais importante é que eu estou podendo lidar durante todo o dia com o inglês.
Então, juntando o trabalho, a faculdade (juro que tem dias que eu vou me arrastando #formaturachegalogo), monitoria, mais lição e tudo mais, não anda sobrando tempo para ler muitos livros e postar no blog. Mas farei um esforço!
Adicionando mais livros a minha estante, eu comprei: Drácula de Bram Stocker e O estranho caso do Dr Jeckyll e do Sr Hyde. Edições bilíngues!!!
Bye bye
Faz um tempinho que eu não posto, mas por bons motivos... eu estou trabalhando!! Eeeehhhh!!! Finalmente! kkkkk
Ainda não posso revelar o que é pois é algo temporário (um bico, na linguagem informal) e acho que se cantamos vitória cedo de mais pode ser que no fim não vamos vencer a corrida...
kkk Metáforas a parte, o que posso dizer é algo que está exigindo muito de mim (não está sendo nem um pouco como eu imaginei que seria). Ando bem cansada (com dor no pé, dor na garganta, dor de cabeça, o que não anda faltando em mim ultimamente é dor kkk), trazendo trabalho para casa, mas o mais importante é que eu estou podendo lidar durante todo o dia com o inglês.
Então, juntando o trabalho, a faculdade (juro que tem dias que eu vou me arrastando #formaturachegalogo), monitoria, mais lição e tudo mais, não anda sobrando tempo para ler muitos livros e postar no blog. Mas farei um esforço!
Adicionando mais livros a minha estante, eu comprei: Drácula de Bram Stocker e O estranho caso do Dr Jeckyll e do Sr Hyde. Edições bilíngues!!!
OMG... como eu amo a Editora Landmark! Ela sempre publica livros clássicos com as versões originais e traduzidas no mesmo livro.
Enquanto eu esperava dar o horário de embarque do ônibus para Minas, no Carnaval, eu acabei não aguentando e fui na Livraria do Terminal Tietê e acabei comprando os dois. Eu falei pra mim mesma: "Pô! Eu mereço depois de aguentar... do serviço!"
Já tinha um tempo que eu queria ler as duas histórias e quando meu professor de Literatura Inglesa disse que nesse semestre iríamos adotar Drácula de Bram Stocker como leitura de análise para a aula dele... eu dei o maior pulo! kkk Dois coelhos numa cajadada só.
Dr. Jeckyll e Sr. Hyde acabei comprando por acaso. Tava ali junto com o Drácula, pequenininho e barato pedindo para ser comprado e não resisti também.
O que me empolga sobre essas duas histórias é que personagens das duas se misturam em A Liga Extraordinária. Eu amo o filme e tenho muita vontade de ler um dos quadrinhos. Foi uma ideia brilhante de juntar personagens da literatura clássica inglesa em uma só história de aventura.
Logo, logo terei de ler Drácula por causa da faculdade, mas Jeckyll/Hyde terá que esperar um pouco e entrar na fila junto com os outros livros, no momento. E assim como os demais livros e filmes, farei uma Ficha Técnica deles.
Nosso último tópico é a Bienal do Livro!!
OMG, OMG!! Já estou na contagem regressiva! Falta menos de 6 meses!
Será do dia 22 a 31 de Agosto e o site já disponível (quem quiser clique aqui).
Sempre adoro ir a Bienal do Livro. Gostaria que fossem todos os anos, mas infelizmente, o evento se reveza entre São Paulo e Rio de Janeiro: os anos pares acontece em SP e nos ímpares no Rio.
Em 2012, foi o ano em que eu mais comprei livros, nem aguentei terminar a feira (acho que faltou umas 3 avenidas) de tão pesada que estava a sacola e de tanto que meus pés doíam (sem contar a fome). Foi em pleno Dia dos Pais. E como demonstração de amor, o meu papito, deixou que eu abdicasse de ficar com ele nesse dia e que eu fizesse aquilo que eu mais gosto: ver livros. Ele disse: "Não importa! O dia dos pais são todos os dias. Pode ir que mais tarde eu te busco". Esse é o meu papis!
Porém eu sempre vou na Bienal para comprar livros clássicos, edições alternativas e mangás. Acontece que os valores lá só compensam se você for comprar esse tipo de livro. Se você for lá pensando em comprar best-sellers e tal vai pagar o olho da cara! Mais caro ainda até que nas livrarias! Pois lá estão todas as editoras (Rocco, Novo Século, etc) e elas vão cobrar o valor que vendem para as livrarias.
E nesse ano provavelmente comprarei muitas coisas relacionadas ao meu atual serviço (#secret). KKKK
Bom, gente, é só isso por enquanto...
Continuem lendo livros, pois "quanto mais livros, mais homens livros"!
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Ficha Técnica: Ricardo III
Título: Ricardo III
Série: Primeira Tetralogia Shakespeariana
Livro na
série: Volume 4
Autor: William Shakespeare
Tradutoras:
Ana Amelia de Queiroz C. de Mendonça e Barbara Heliodora
Editora: Saraiva de Bolso e Nova Fronteira - 2013
Atos: Ato I (Cenas de 1 a 4), Ato II (Cenas de 1 a 4), Ato III (Cenas de 1 a
7), Ato IV (Cenas de 1 a 5), Ato V (Cenas de 1 a 5)
Tempo e
Lugar: Reino Unido, entre os anos de
1471 (morte de Henrique VI) e 1483 (subida ao trono de Henrique VII)
Título
Original: Richard III
Escrito
em 1592 e 1593
Personagens
Primeiro
de tudo acho legal deixar claro que quando se trata de nome de reis e rainhas
estrangeiras, geralmente, os nomes são traduzidos. Então se você pretender ver
informações sobre uma determinada pessoa, ela pode ter mais de um nome e isso
pode confundir, fazendo com que você pense que são duas pessoas diferentes.
Desse modo:
Elizabeth
– Isabel
Edward
– Eduardo
Richard
– Ricardo
Thomas
– Tomas
Margareth
– Margarida
Anne
– Ana
George
– Jorge
Mary
– Maria
Cecily
– Cecília
Catherine
– Catarina
Bridget
- Brígida
Ricardo:
Duque de Gloucester e Rei Ricardo III (Casa de York)
Filho
de Ricardo Plantageneta, Duque de York e Cecilia Neville, Duquesa de York e
irmão mais novo dos Rei Eduardo IV e George, Duque de Clarence. Se tornou rei
da Inglaterra depois da morte de seus dois irmãos e de seus sobrinhos filhos de
Eduardo VI. Casado com Anne Neville, foi morto em batalha pelo golpe de Henrique
Tudor, Duque de Richmond. Faleceu aos 32 anos.
Clarence:
George, Duque de Clarence (Casa de York)
Filho
de Ricardo Planatageneta, Duque de York e Cecilia Neville, irmão mais novo do
rei Eduardo IV e irmão mais velho do futuro Rei Ricardo III. Casado com
Elizabeth Neville (irmã da futura Rainha Anne e sobrinha neta da Duquesa de
York) foi acusado de conspiração, preso na Torre de Londres e morto aos 28
anos. Deixou dois filhos: Margarida e Eduardo.
Brakenbury:
Sir Robert Brakenbury
Brakenbury
vivia na mansão Saleby, era vizinho do futuro rei Ricardo III que residia no
Castelo Barnard. Como era o Guardião da Torre de Londres, sua possível
participação na morte dos Príncipes da Torre é questionada. Tornou-se amigo e
fiel servo de Ricardo III, quando houve a invasão de Henrique Tudor, correu
para a lutar ao lado do rei. Morreu em batalha.
Hastings:
Sir Willian Hastings e Barão Hastings
Casado
com Catherine Neville (sobrinha da Duquesa de York tia da futura rainha Anne)
teve seis filhos. Camarista de Henrique IV, após a morte do rei e seu senhor,
apoiou a rainha Elizabeth o que lhe causou sua morte. Foi executado por Ricardo
III aos 52 anos.
Anne:
Lady Anne Neville e Rainha Anne
Filha
de Ricardo e Anne Neville, duque e duquesa de Warwick. Sobrinha neta da Duquesa
de York. Primeiro foi esposa de Eduardo de Westminster (Casa Lencastre) morto
na Batalha Tewkesbury. Depois se tornou esposa do rei Ricardo III (Casa de York ), morreu aos 28 anos logo depois da coroação
de Ricardo III. Deixou um único filho Eduardo de Middleham que faleceu aos 10
anos.
Elizabeth:
Elizabeth Woodville, Lady Elizabeth Grey e Rainha Elizabeth (Casa de York)
Filha
de Ricardo Woodville, Conde de Rivers e Jacqueline de Luxemburgo e irmã de
Anthonny Woodville. Primeiro se casou com Sir John Grey, no qual teve dois
filhos: Thomas e Ricardo. Depois de viúva se casou com Rei Eduardo IV, no qual
teve dez filhos: Elizabeth (futura rainha e esposa de Henrique VII), Mary,
Cecília, Eduardo (Rei Eduardo V), Margareth, Ricardo (Ricardo de Shrewsbury),
Ana, George, Catarina, Brígida. Mais tarde foi exilada por suspeita de traição
pelo rei Henrique VII, morreu aos 55 anos.
Rivers:
Anthony Woodville, Lorde Rivers
Filho
de Ricardo Woodville, Conde de Rivers e Jacqueline de Luxemburgo e irmão da
rainha Elizabeth. Se casou duas vezes (primeiro com a Baronesa Elizabeth de
Scales e depois com Mary Fitz-Lewis), mas não teve filhos com nenhuma das
esposas. Depois de Ricardo III ter considerado a família da antiga Rainha
Elizabeth, foi executado ao mando do rei. Morreu aos 43 anos.
Grey:
Ricardo Grey, Lorde Grey
Filho
do primeiro casamento da rainha Elizabeth com Sir John Grey. Irmão mais novo do
Marques de Dorset. Depois de Ricardo III ter considerado a família da antiga
Rainha Elizabeth, foi executado ao mando do rei. Morreu aos 26 anos.
Dorset:
Thomas Grey, Marquês de Dorset
Filho
do primeiro casamento da rainha Elizabeth com Sir John Grey. Irmão mais velho
do Lorde Ricardo Grey. Depois de Ricardo III ter considerado a família da
antiga Rainha Elizabeth, Dorset se juntou ao futuro rei Henrique VII para
derrotar Ricardo III. Teve catorze filhos com sua segunda esposa, Cecilia
Bonville. Morreu aos 46 anos.
Buckingham:
Henry Stradford, Duque de Buckingham
Casado
com Catarina Woodville (irmã da rainha Elizabeth) teve seis filhos. Principal
conselheiro do Rei Ricardo III, o ajudou a subir ao trono, mas depois de
revoltou e apoiou Henrique Tudor, Conde de Richmond. Sua revolta foi contida
pelo rei e ele foi executado aos 28 anos.
Stanley:
Thomas Stanley, Conde de Derby
Grande
possuidor de terras, primeiro se casou com
Eleanor Neville (sobrinha da Duquesa de York e irmã de Catherine
Neville, Baronesa Hastings) no qual teve seis filhos (dos quais eram Sir George
Stanley e James Stanley, Bispo de Ely). Depois seu segundo casamento foi com
Margarida Beaufort (Condessa de Richmond e mãe do futuro rei Henrique VII)
porém não teve nenhum filho. Apoiou seu enteado Henrique Tudor, Duque de
Richmond que o culminou na vitória contra Ricardo III, assumindo o trono. Morreu
aos 69 anos.
Margareth:
Marguerite d’Anjou e Rainha Margareth (Casa de Lencastre)
Filha
de estrangeiros (Renato I de Napoles e Isabel de Lorena) se casou com Henrique
VI no qual teve apenas um filho: Eduardo de Westminster. Devido a Guerra das
Rosas, seu esposo foi encarcerado na
Torre de Londres e depois executado com a tomada de Eduardo IV do trono. Fez
com que seu filho travasse uma batalha para retomada do trono mas foi morto em
combate. Foi poupada de ser condenada e
executada por traição, no então foi encarcerada na Torre de Londres. Anos
depois foi solta a pedido do Rei Luis XI por uma grande quantia e se exilou na
França. Morreu aos 52 anos.
Catesby:
Sir William Catesby
Um
dos conselheiros de Ricardo III, casou-se com Margareth (filha de William La
Zouche) no qual teve três filhos. Durante o reinado de Ricardo III, foi
Ministro das Finanças e membro da Câmara dos Comuns. Lutou ao lado de Ricardo
durante o ataque de Henrique Tudor, mas foi capturado e executado. Morreu aos
35 anos.
Eduardo:
Rei Eduardo IV (Casa de York)
Filho
de Ricardo Plantageneta, Duque de York e Cecilia Neville, irmão mais velho de
George, Duque de Clarence e do futuro rei Ricardo III. Casado com Elizabeth
Woodville, morreu de forma repentina aos 40 anos.
Ratcliffe:
Sir Richard Ratcliffe
Pouco
se sabe dele, mas era um dos conselheiros mais importantes de Ricardo III.
Casou-se com Agnes Scrope, mas morreu em 1485 em batalha ao lado do Rei Ricardo
III contra o ataque de Henrique, Conde de Richmond.
Duquesa:
Cecilia Neville, Duquesa de York
Casada
com Ricardo Plantageneta, Duque de York teve sete filhos: Ana, Eduardo (Rei
Eduardo IV), Edmundo, Elizabeth, Margareth, George (Duque de Clarence) e
Ricardo (Rei Ricardo III). Faleceu aos 80 anos.
Arcebispo:
Thomas Rotherham, Arcebispo de York
Proclamado
por Eduardo IV Guardião do Selo Privado, Thomas se tornou também embaixador na
França. Quando Eduardo IV morreu, apoiou a rainha Elizabeth para coroar Eduardo
V. Deu abrigo a rainha Elizabeth e suas filhas quando ela pediu por santuário
(uma espécie de áxilo em uma igreja). Foi preso acusado de conspiração com
Lorde Hastings contra Ricardo III mas logo depois foi solto. Morreu de peste bubônica aos 77 anos
York:
Ricardo de Shrewsbury, Duque de York (Casa de York)
Filho
de Eduardo IV e irmão mais novo de Eduardo, Príncipe de Gales. Sua morte assim
como de seu irmão é desconhecida. Desapareceu aos 9 anos de idade.
Príncipe:
Eduardo, Príncipe de Gales e Rei Edward V(Casa de York)
Filho
primogênito do rei Eduardo IV e da rainha Elizabeth Woodville, irmão mais velho
de Ricardo de Shrewsbury. Ele e seu irmão foram considerados filhos ilegítimos
para a coroa, pois seu pai, o rei Eduardo IV teria ficado noivo de Lady Eleanor
Talbot (ou Eleanor Butler, nome de casada) antes de seu casamento com a rainha
Elizabeth, invalidando o casamento. Sua morte assim como de seu irmão é
desconhecida. Desapareceu aos 12 anos de idade.
Cardeal:
Cardeal Thomas Bourchier
Bispo
de Worcester e de Ely e depois Arcebispo de Canterbury, Bourchier tentou
reconciliar os lados no começo da Guerra das Rosas mas depois apoiou os Yorks.
Eduardo IV lhe deu o titulo de cardeal. Apesar de ser fiel a Eduardo IV,
persuadiu a Rainha Elizabeth a tirar Ricardo de Shrewsbury do santuário e ir para a Torre de Londres.
Morreu aos 82 anos.
Prefeito:
Sir Edmund Shaa
Prefeito
de Londres, se casou com Julian e teve três filhos. Dizem que seu irmão revelou
a ilegitimidade dos filhos de Eduardo IV e Edmund como prefeito ofereceu a
coroa a Ricardo III. Morreu em 1488.
Vaugh:
Sir Thomas Vaugh
Casado
com Eleanor Arundel, Vaugh foi membro do parlamento e serviu ao rei Henrique
VI. Porém mais tarde foi acusado de corrupção e tentou fugir com parte do
dinheiro de Henrique VI depois de sua morte, mas foi capturado por piratas
franceses. Foi resgatado pelo rei Eduardo IV se tornando seu servo leal e homem
de confiança. Com a morte de Eduardo IV, Vaugh apoiou Eduardo V, mas quando o
trazia de Ludlow para a Inglaterra, foi capturado e executado a mando de
Ricardo III.
Bispo:
John Morton, Bispo de Ely
Foi
embaixador na França a pedido de Eduardo IV e proclamado pelo rei Bispo de Ely.
Foi contra o regime de Ricardo III e ficou durante um tempo preso no Castelo de
Brecknock. Com a ascensão de Henrique VII se tornou Arcebispo de Canterbury.
Foi mentor do escritor e diplomata Thomas More. Morreu aos 80 anos
Norfolk:
John Howard, Duque de Norfolk
Membro
do Parlamento e apoiador do Yorks, lutou com Eduardo IV na batalha de Towton,
deixando-o depois responsável pela guarda dos Castelos de Norwich e Colchester. Depois da morte de Eduardo IV foi exilado mas
voltou com a ascensão de Ricardo III. Amigo e apoiador de Ricardo III, chegou a
carregar a coroa durante sua coroação. Foi Ricardo III que o nomeou Duque de
Norfolk. Casou-se primeiro com Catherine Moleyns (teve seis filhos )e depois
com Margareth Chedworth (teve uma filha).
Morreu aos 50 anos junto de Ricardo III na batalha contra Henrique
Tudor, Conde de Richmond.
Lovel:
Lorde Francis Lovel e Visconde Lovel
Após
a morte de seu pai, Lovel ficou sob a tutela de Richard Neville, Conde de
Warwick que também cuidava do jovem futuro rei Ricardo III. Guarda do Castelo
de Wallingford, apoiou Ricardo III para assumir a coroa e até carregou a
terceira espada estatal durante a coroação de Ricardo. Foi nomeado por ele,
Lord Chamberlian (um dos principais oficiais da Corte Real e do Conselho
Privado). Casou-se com Anne FitzHugh (prima da rainha Anne). Suprimiu a revolta
do Duque de Buckingham e evitou a invasão de Henrique Tudor pela costa.
Possivelmente participou da batalha contra Henrique Tudor, mas fugiu para pedir
santuário em Colchester. Tentou um levante para derrubar Henrique VII, mas logo
depois em 1488, desapareceu aos 34 anos.
Tyrrel:
Sir James Tyrrel
Filho
de William Tyrrel, morto e acusado de traição contra um possível ataque a
Eduardo IV, Tyrrel se tornou cavaleiro e lutou na Batalha de Twekesbury. Casado
com Anne Arundel teve quatro filhos. Ficou a serviço de Ricardo III, que lhe
deu em cargo de Xerife da Cornualha. Durante a queda de Ricardo III na batalha
contra Henrique Tudor, ele estava na França não tendo nenhuma participação.
Quando voltou a Inglaterra, Henrique VII o perdoou e lhe deu o cargo de
Governador de Guine (cidade francesa em poder da Inglaterra). Porém se envolveu
numa tentativa frustrada de derrubar Henrique VII com Edmund de la Pole, Duque
de Suffolk. Foi preso e interrogado, confessando sobre tortura que matou os
Principes da Torre. Apesar do testemunho não ser valido pois foi sob tortura,
ele foi executado, falecendo aos 47 anos.
Urswick:
Cristopher Urswick
Padre,
confessor de Margareth Beaufort, mãe de Henrique Tudor, Conde de Richmond, foi
intermediário no complô para a ascensão de Henrique VII ao trono.
Xerife:
Henry Long
Político
e advogado, Long foi membro do Parlamento e xerife de Wiltshire. Casou-se três
vezes (com Joan Ernle, Margaret Newburgh e Joan Malwyn) mas não teve nenhum
filho. Faleceu aos 73 anos.
Richmond:
Henrique Tudor, Conde de Richmond e futuro rei Henrique VII (Casa Lencastre)
Filho
de Edmund Tudor e Margarida Beaufort, descendente por parte de mãe da Casa do
Lencastre, cresceu exilado para evitar assumir o trono. Cresceu, se juntou aos
seu primo Henry Stradford, Duque de Buckingham para lutar contra Ricardo III,
com a derrota de seu primo, voltou anos mais tarde com o apoio de seu padrasto
Thomas Stanley, Conde de Derby para desafiar Ricardo III. Venceu a batalha
contra Ricardo III e assumiu o trono. Teve um reinado pacífico, primando
reestruturar a economia, tomando medidas diplomáticas e desenvolvendo uma frota
comercial marítima. Casou-se com Elizabeth de York (filha de Eduardo IV) unindo
as Casas de Lencastre e York e fundando a Dinastia Tudor (cujo símbolo são as
duas rosas branca e vermelha unidas). Teve oito filhos, dos quais, Henrique se
tornaria o famoso rei Henrique VIII. Faleceu aos 52 anos.
Oxford:
John de Vere, Conde de Oxford
Apoiador
da Casa de Lencastre, seu pai foi acusado de traição por um atentado contra
Eduardo IV. Casou-se primeiro com Margareth Neville (sobrinha da Duquesa de
York, tia da futura rainha Anne e irmã da Baronesa Hastings) depois com
Elizabeth Scrope, teve apenas uma filha fora do casamento. Apoiou Henrique VII
na batalha contra Ricardo III, sendo responsável pelos arqueiros. Mais tarde se
tornou Lord Chamberlain de Henrique VIII. Faleceu aos 70 anos.
Blunt:
Sir James Blunt
Filho
de Walter Blunt, Barão de Mountjoy. Comandante da fortaleza de Hammes, após
contato com Conde Oxford que ficou preso em sua fortaleza, mudou de lado e
apoiou Henrique Tudor em sua tomada ao trono. Faleceu em 1493.
Herbert:
Sir Willian Herbert, Conde de Pembroke
Filho
de Sir Richard Herbert, se casou duas vezes: primeiro com Mary Woodville (irmã
da rainha Elizabeth), no qual teve sua única filha Elizabeth, depois com
Katherine (filha ilegítima de Ricardo III). Foi leal ao rei Ricardo III se
tornando Chefe de Justiça mas não chegou a lutar com o rei na batalha contra
Henrique Tudor. Faleceu aos 40 anos.
Surrey:
Thomas Howard, Conde de Surrey e depois Duque de Norfolk
Participou
da batalha contra Henrique VII junto com seu pai John Howard, Duque de Norfolk
que morreu na batalha, mas foi perdoado. Começou a servir os Tudors e depois de
conter o assalto dos escoceses ao Castelo de Norham, foi nomeado
tenente-general do Norte. Se casou duas vezes: primeiro com Isabel Tilney (teve
nove filhos) e depois com Agnes Tilney, prima de sua primeira esposa (teve oito
filhos), além de ser avô de duas das mulheres de Henrique VIII (Ana Bolena e
Catarina Howard). Faleceu aos 81 anos.
Curiosidades
Lenda
dos Príncipes da Torre de Londres
Os
irmãos Eduardo, Príncipe de Gales e Ricardo, Duque de York desapareceram
durante sua estada na Torre de Londres em 1483. Acredita-se devam ter sido
assassinados. A Torre de Londres era conhecida como residência real e também
prisão.
Versões em filme
Pelo que pesquisei, localizei três filmes relacionados com Ricardo III:
Ricardo III:
Versão de 1955, feita no Reino Unido com Laurence Olivier no papel de Ricardo III. Conta a história desde a coroação de Eduardo IV, destaque para conquista amorosa de Ricardo para com Lady Anne.
Versão de 1995, conta no elenco com: Ian McKellen (o Magneto de X-Men) como Ricardo, Jim Broadbent (o Horace Slughorn de HP) como Duque de Buckingham, Maggie Smith (a Profª McGonagall de HP) como a Duquesa de York e Robert Downey Jr (não é preciso apresentações para Tony Stark/ Homem de Ferro, ne?) como Lorde Rivers.
Ricardo III - Um ensaio:
"Looking for Richard" é um documentário diferente que ao mesmo tempo conta a história da produção do filme de Ricardo III, entrevista os atores e conta sobre a peça. Com a direção de Al Pacino (o eterno Poderoso Chefão) e no elenco: Alec Baldwin (o chefe de Jim Carrey em As loucuras de Dick e Jane) como Ricardo, Kevin Spacey (Lex Luthor em Superman - O retorno) como Duque de Buckingham e Winona Ryder (Edward Mão de Tesoura) como Lady Anne.
O site AdoroCinema é uma ótima fonte, quem quiser procurar e saber mais pode dar uma olhada: Ricardo III - Um ensaio , Ricardo III (1995) e Ricardo III (1955)
Há também uma versão independente feita pela The British Broadcasting Corporation disponível no You Tube. Pra quem tiver disposto a vê-lo (detalhe que ele é em inglês) segue abaixo:
Versão em mangá de Ricardo III
Foi publicado pela Editora Record uma versão de Ricardo III em mangá. Editora responsável pela série "Mangá Shakespeare", já lançou as versões modernas de Romeu e Julieta (que por sinal eu tenho e é muito daora) e Hamlet.
Apesar de já ter capa e já ter sido lançado, quando tentei procurar pela Editora Record não consegui ver para comprar. (Talvez no próximo Anime Friends eu ache...)
Glossário Ricardo III
Pensando em todos os lugares e pessoas mencionados no livro mas que não foram explicados, resolvi montar um glossário para ajudar na compreensão e facilitar o leitor quando for tentar se situar na história.
Dê uma olhada aqui.
Cronologia de Ricardo III
Apesar de não ter encontrado muitos sites falando sobre a peça, a cronologia dos fato apresentada pela Wikipédia é perfeita. Sempre tenho receio e não confio na Wikipédia, mas dessa vez dou o braço a torcer, estou aqui para confirmar que essa publicação é totalmente verídica. Quem quiser conferir dê uma olhada aqui.
Outros livros
Selecionei apenas algumas imagens de outras versões de Ricardo III, porque senão eu ia demorar dois anos para listar todas as versões desse livro ao decorrer dos séculos.
Versões em português:
Versões em inglês:
Opinião
Bom,
digo que começar uma tetralogia (série de quatro livros) pelo último livro pode
te confundir (apesar do livro ser independente e fazer citações de fatos
históricos posteriores descritos nas outras peças). Porém como eu ganhei o
livro de amigo secreto da monitoria da faculdade, não tinha como a pessoa
saber,ne? Eu li enquanto estava na praia, acho que demorei uns três dias para
terminar. Apesar do livro ter só umas 160 páginas e eu ainda tinha que curtir o
mar,ne?
Como
é uma peça de Shakespeare, o livro é em formato dramático: somente as falas dos
personagens. A linguagem é meio rebuscada, afinal a obra foi escrita há 500
anos atrás e muitas metáforas conforme o
estilo de Shakespeare. O momento histórico é o final da Guerra das Rosas: a
briga entre as Casas de York (cujo símbolo era uma rosa branca) e de Lancastre
(uma rosa vermelha). A guerra durou 30 anos, conforme os membros das duas
famílias lutavam e se revezavam no trono.
O
fato do livro ser uma ficção baseada em fatos reais e históricos é o que mais me chama atenção. Isso
me fez pesquisar bastante antes de postar e me ajudou a entender mais sobre a
guerra e a descendência das duas famílias. Afinal, os personagens existiram (os
reis, lordes) mas há coisas que são descritas que podem ou não ser verdade.
Destaque para a Lenda dos Príncipes da Torre que no livro conta que eles foram
realmente executados a mando de Ricardo III.
Mas a maioria do que acontece no livro é verídica, não é a toa que a
peça é considerada uma peça histórica.
Uma
coisa que me pergunto é como Shakespeare não foi linchado por escrever um livro
retratando um rei da Inglaterra como inescrupuloso, malévolo e frio (pois no
livro Shakespeare não tem medo de
mostrar um Ricardo falso, superficial e que não esconde do público seu desejo,
meios e métodos de usurpar o trono da Inglaterra). Duas respostas me vem a
mente. Primeira: quando Shakespeare escreveu a peça já tinham se passado mais
de 100 anos desde que tudo aconteceu e ninguém mais se importava muito (e/ou na
verdade nunca gostou) de Ricardo III. Ele provavelmente estaria falando a
verdade sobre o rei, aquilo que todo mundo queria dizer mas nunca falou. Segunda:
a história coloca Ricardo III como sendo ao mesmo tempo protagonista e
antagonista, mas o verdadeiro herói seria Henrique, Duque de Richmond e futuro
rei Henrique VII (destaque para os fantasmas dos executados que desejam a
vitória de Henrique na batalha contra Ricardo).
Henrique
VII foi nada mais nada menos que avô da Rainha Vitória, a governante na época
de Shakespeare. Então, colocar o avô da atual rainha como herói, salvador e
futuro progenitor de uma governante responsável por uma época gloriosa e porque
não dizer dourada (kkk trocadilhos históricos a parte) só fez propagar e
aumentar a popularidade da rainha Vitória.
Mas
o que mais me confundiu a cabeça foi diferenciar os personagens, porque não sei
o que acontecia antigamente, mas todo mundo recebia o mesmo nome! Se nascia
homem era Henrique, Eduardo ou Ricardo, se fosse mulher era Elizabeth,
Margareth ou Anne (Tipo igual hoje em dia de uns tempos pra cá que você
encontra só Gabriel, Guilherme, Vitória, etc). Então vire e meche alguém falava
no livro “Eduardo!”, aí eu me perguntava: Qual?? Kkk
Mas
ou menos como eu me sinto quando falam na sala de aula “Nathália!” e eu pergunto
“Qual?”. Só quando eu estudei na escola técnica é que não tinha nenhuma
Nathalia além de minha pessoa na sala.
Então, Ricardo III é o tipo de história que
você torce (e só acaba) pela (com) morte do protagonista, esperando o herói
ressurgir no final para salvar o dia, ou melhor, salvar o reino.
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